20 de outubro de 2008

As 4 Leis da Simplicidade e como aplicá-las no dia-a-dia

A vida é realmente simples, nós é que insistimos em complicá-la.”

- Confúcio

O problema com a maior parte dos livros e guias sobre como simplificar a sua vida, a sua casa e a sua carreira, é que normalmente são muito complicados. Exige-se um método simples para podermos, de facto, simplificar! E aqui estão: as 4 Leis da Simplicidade e como aplicá-las no dia-a-dia.

Este método simples – o qual chamamos as 4 Leis da Simplicidade – pode ser aplicado à sua vida em geral ou apenas a uma área específica e basicamente resume-se ao seguinte:

1. Juntar tudo num só sítio.
2. Escolher o essencial.
3. Eliminar o resto.
4. Organizar o que resta de uma forma ordenada.

Para ilustrar muito rapidamente este método, escolhemos como exemplo uma gaveta. Digamos que esta é a gaveta mais desarrumada de toda a casa: contém os menus de take-away de restaurantes que já fecharam há séculos, manuais de electrodomésticos que já foram à vida, mais elásticos e clips do que alguma vez mais precisar, uma colecção de selos que já não se lembrava de ter começado, lembranças de um cruzeiro que fez com os seus sogros e que quer realmente esquecer, para não falar de um cheiro um tanto ou quanto estranho. Podia passar o dia inteiro a tentar pôr ordem nessa bagunça ou fechá-la (pela centésima vez!) deixando essa tarefa para outro dia. Hoje vamos ver como é que se aplica o nosso método de 4 passos no caso desta gaveta:

1. Junte. Esvazie a gaveta por completo, colocando todo o seu conteúdo numa pilha.
2. Escolha. Faça uma escolha muito selectiva dessa pilha, retirando apenas aquelas coisas que são realmente importantes. Coloque-as numa pilha separada.
3. Elimine. O resto terá de ser eliminado – nada de sentimentalismos! Já não precisa desses manuais, coloque-os na reciclagem e guarde os clips num local mais adequado, como no escritório. Seja no lixo, na reciclagem, noutra parte da casa ou nas mãos de um amigo ou familiar, desfaça-se dessa pilha de coisas.
4. Organizar o que resta de uma forma ordenada. Agora, limpe bem a gaveta e arrume o que sobrou, de forma organizada. Agrupe objectos similares, deixando algum espaço livre em torno dos mesmos. O espaço cria sempre uma ilusão de simplicidade e arrumação.

E já está! Tem agora à sua frente uma gaveta bonita, simples e organizada… e sem cheiros esquisitos esperamos nós!

E a melhor parte de tudo isto? Este método extremamente simples pode ser aplicado em qualquer e em todas as áreas da sua vida. Recomendados que foque as suas atenções numa área de cada vez, iniciando e concluindo o método antes de passar para a área seguinte. Se são poucas as áreas da sua vida que quer simplificar, pode fazer uma por semana; se são muitas, pode duplicar esse objectivo. Para dar uma ajudinha, reunimos alguns exemplos de como pode aplicar as 4 Leis da Simplicidade no seu quotidiano:

Armários. Concentre-se numa zona do armário de cada vez – uma prateleira de cada vez, por exemplo. Retire tudo da prateleira e coloque no chão. Faça uma escolha criteriosa de todas as coisas, ficando apenas na posse daquelas que realmente adora. Coloque o restante numa caixa para doar. Volte a guardar tudo na prateleira, organizando-a ordeiramente com recurso a caixas de papel, tecido ou transparentes, agrupando os objectos semelhantes e, claro, deixando algum espaço livre. Passe para a próxima zona.

A sua roupa. Precisa mesmo de 40 t-shirts? Ou 40 pares de sapatos? Quantos pares de calças de ganga é que realmente veste? Organize cada gaveta e armário do seu quarto, um de cada vez. Coloque tudo em cima da cama e seleccione aquelas roupas que servem, que adora e que veste frequentemente. Quanto ao resto, dê à sua irmã, amigo ou a quem mais precisa. Guarde o resto nos seus devidos lugares, tendo o cuidado de deixar sempre algum espaço livre – não atulhe as suas gavetas até não conseguirem fechar!

Uma divisão. Se existem divisões da sua casa caóticas e demasiado cheias, comece com a mobília. Se não tem um propósito, não está a ser utilizada ou simplesmente não gosta, elimine. Agora retire todos os objectos que tem sobre as diferentes superfícies desse quarto – bancadas, mesas, prateleiras, secretárias – e divida-os em dois grupos: o que adora e o que não lhe diz nada. Fique com o primeiro e desfaça-se do segundo. Deixe as superfícies o mais limpas possíveis, adornando-as com o mínimo de objectos. Faça o mesmo com todas as gavetas, armários, paredes e chão. Não se esqueça: espaço livre é essencial.

A sua secretária. Retire tudo de cima da secretária (excepto talvez o computador e a impressora), mantendo apenas um porta-canetas, um tabuleiro para os assuntos pendentes e um ou outro passepartout. Guarde o resto em gavetas e arquive todos os papéis que andam à solta! Livre-se de tudo o resto. Depois, faça o mesmo com cada uma das gavetas da sua secretária. É muito mais relaxante trabalhar num ambiente simplificado. Uma vez concluída a secretária, “ataque” as estantes e mesas de apoio.

O seu inbox. Tem uma caixa de email repleta de mensagens novas e antigas? Crie uma pasta e passe todos os emails que tem na caixa de entrada para essa pasta. Analise-a, respondendo àqueles emails pendentes e/ou urgentes. Arquive ou elimine o resto.

As suas tarefas profissionais. A sua lista de afazeres já preenche quase um caderno inteiro? Está na altura de a dividir: comece por escolher as tarefas que quer mesmo executar ou então aquelas que lhe vão trazer maiores benefícios a longo prazo e compile-as numa só lista separada. Quanto ao resto, tente despachar pequenas coisas que estão apenas a “empatar”, elimine e delegue o que puder. A partir daí, concentre-se apenas na lista mais curta, mais crucial, tentando executar três coisas todos os dias.

Os seus compromissos. Elabore uma lista de todos os seus compromissos, profissionais e pessoais. Não se esqueça de incluir hobbies, clubes, associações, comunidades online, desporto, afazeres domésticos, as actividades dos seus filhos… inclua tudo aquilo que normalmente requer o seu tempo. Agora, assinale aqueles que têm um valor acrescentado, que lhe trazem prazer e benefícios a longo prazo. Se possível, esqueça o resto. Inicialmente, pode parecer muito difícil “fugir” a este ou àquele compromisso mas, se explicar às pessoas envolvidas que simplesmente não tem tempo, elas vão acabar por compreender. Assim, manterá apenas aqueles compromissos que adora e aos quais quer realmente dedicar-se. Em vez de preencher cada minuto da sua vida, opte por ter algum tempo livre.

12 de outubro de 2008

Afogado em informações

Em vez de se deixar levar pela enxurrada de notícias que inundam o seu dia-a-dia, aprenda a filtrar o que você lê e ouve para se manter à tona e ficar a salvo da ansiedade. Acredite: às vezes menos pode ser mais

No começo dos anos 1990 o jornalista americano David Shenk foi trabalhar em Washington e decidiu assinar vários boletins de notícias pela internet. O que deveria ser apenas uma boa ferramenta de trabalho virou um tormento. "Fiquei tão animado com a idéia de poder acessar uma porção de dados sem me levantar da cadeira que quase enlouqueci", contou à SAÚDE!. "E depois descobri que muita, muita gente vivia o mesmo drama."

A história de Shenk, relatada no livro Data Smog: Surviving the Information Glut, por enquanto sem tradução no Brasil, é um retrato do mundo moderno onde o acesso fácil a dados de toda ordem pode trazer dor de cabeça, em vez de alívio, para quem tem paixão pelo conhecimento. O problema é que muitas vezes, mesmo sabendo muito sobre (quase) tudo, queremos ir além. "Estamos vivendo no pico da onda de informação, que começou com o lançamento da internet. Só que a nossa máquina, que é o cérebro, é obrigada a processar tudo o que chega", diz Jou El Jia, presidente da Associação de Medicina Tradicional Chinesa do Brasil, que chama a atenção de seus pacientes para esse risco desde os tempos em que a tal onda de informação ainda não passava de marola.

Digerir, organizar e gerenciar tantos dados gera um misto de ansiedade e angústia. "Os excessos nos oprimem e nem sempre conseguimos discernir o que pode ser útil do que só serve para nos enlouquecer", opina Larry Rosen, professor da Universidade do Estado da Califórnia e autor de um livro sobre o assunto, também inédito por aqui, intitulado Technostress: Coping with Technology at Work, at Home, at Play (Editora John Wiley & Sons).

Para Jou El Jia, a primeira coisa que pensamos é que não vamos dar conta de tudo o que lemos ou assistimos. "Fica mesmo difícil priorizar o que realmente nos interessa e descartar o que é irrelevante", reconhece. Então, a avalanche leva a uma hiperexcitação do córtex cerebral e à liberação de hormônios do estresse, como a noradrenalina e as catecolaminas. "Essas substâncias aumentam a produção de radicais livres, ligados ao envelhecimento. Ou seja, as conseqüências são também fisiológicas", alerta. Outro efeito é a perda de memória de curta duração, como aponta um estudo realizado no final do ano passado pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos.

Ora, tecnologia é ruim? Em príncipio não. "A tecnologia nos permite fazer mais. O problema é que rapidamente caímos no 'muito mais' isso nos angustia", diz Kimberly Young, psicóloga da Escola de Administração da Universidade St. Bonventure e diretora executiva do Centro para o Tratamento do Vício Online. Para Larry Rosen, o segredo descobrir aquilo que você quer e o que de fato precisa. "Chamo isso de o paradoxo posso-devo. Será que só porque conseguimos acessar uma infinidade de dados significa que devemos fazer isso? Ter um controle pessoal da situação é essencial para que esse querer saber cada vez mais não nos deixe doentes."

Uma dica, segundo o especialista, é limitar o tempo que gastamos para ir atrás de uma informação. "A maioria das pessoas fica tão envolvida no processo de buscar um dado que se perde e não consegue mais parar. Para eles, meia hora de pesquisa acaba se transformando em quatro horas, às vezes desgastantes", observa.

Na opinião de Jou El Jia, qualquer caminho para controlar a hiperexcitação cerebral é válido. "A ansiedade nos deixa com uma respiração mais curta. Então, precisamos aprender a inspirar e expirar profundamente para controlar esse sentimento. A meditação pode ajudar a diminuir a excitação do córtex cerebral. E a prática de atividade física também é fundamental para compensar a tendência a ficar horas e mais horas estático na frente do computador", diz.

GLOSSÁRIO MODERNO

• TECNOSTRESSE — Aprenda esse nome que está dando o que falar. É o estresse causado pela tecnologia ao nosso alcance no dia-a-dia, como e-mail, celular e TV. O acesso fácil e rápido a muita informação pode levar ao esgotamento físico e mental, já que nos mantém plugados o tempo inteiro.

• ANSIEDADE DE INFORMAÇÃO — Cunhada pelo arquiteto americano Saul Wurman, que escreveu dois livros sobre o tema, designa o estresse causado pela inabilidade para acessar ou entender a massa de informação.

• VÍCIO DE INTERNET — Comportamento compulsivo que leva a pessoa a ficar conectada horas a fio. Essa gente geralmente passa a ter problemas no trabalho, em família e com os amigos.

NADA DE ENLOUQUECER

• Tente descobrir de que forma a sede de saber gera estresse em sua vida. Assim você tem mais chances de administrar a situação.

• Limite o número de tarefas. Nem tudo precisa ser feito ao mesmo tempo e agora.

• Desligue-se. Será que você realmente precisa estar conectado o tempo todo e deixar o celular ligado até nos fins de semana?

• Exercite-se, ainda que seja por um breve momento, como num intervalo de trabalho. É um ótimo jeito de se desconectar.

• Tire férias da tecnologia. Quando decidir passar dias de puro ócio, esteja certo de que não vai transportar o local de trabalho para a praia, por exemplo.

Cuidado: cão pequeno (mas bravo!)

Pequeno não quer dizer manso
Cães de porte diminuto às vezes têm mania de fincar seus dentes afiados ao levar qualquer susto bobo. Já os grandalhões, que à primeira vista quase sempre assustam, podem ser campeões em doçura.


Totozinhos, em geral, impõem certo respeito pela ranhetice, já que recebem estranhos com latidos e rosnados. Pelo sim, pelo não, leve-os mais a sério. Alguns desses pequenos ranzinzas podem ser bichos agressivos, mais até do que cães robustos que já levam essa fama, como o pit bull. É o que mostra um estudo americano realizado pela Universidade da Pensilvânia com 6 mil donos de cães de 30 raças diferentes. A agressividade pode aparecer em cachorros de todo porte, não se engane. A diferença entre os miudinhos e os grandalhões está tão-somente na força do ataque.

Essa braveza toda é uma forma de defesa, justifica o veterinário e homeopata Marcos Eduardo Fernandes, de São Paulo. No caso específico dos baixinhos atrevidos, o mundo é tamanho gigante. Ao menor sinal de ameaça, avançam pra valer. Mas é claro que fatores hereditários e também o ambiente, isto é, a maneira como o bicho é tratado pelo dono, também ajudam a moldar o comportamento impetuoso, complementa Fernandes.

Seja paciente e o animal retribuirá com atitudes mais sociáveis, ensina o zootecnista Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal da Organização Cão Cidadão, em São Paulo. É óbvio que os cães de pequeno porte mais fracos e com dentes mínimos não são capazes de matar. Nem por isso suas mordidas devem ser menosprezadas. Esses ataques precisam ser comunicados aos hospitais e clínicas veterinárias para o controle de zoonoses. A grande ameaça é a raiva, alerta Mauro Lantzman, professor de psicobiologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Mas será que dá para prevenir ou ao menos amenizar a hostilidade dos pequenos furiosos? Sim, é a resposta unânime dos experts. O mais importante é não se deixar seduzir pelo seu aspecto frágil. Quem cai na armadilha de tratar o animalzinho, só por ser inho, como um eterno bebê cria um mons...trinho! Exigente, dominador e pronto para morder sem dó nem piedade.

Os mais agressivos são
Em 1º lugar em reações intempestivas, o DACHSHUND, que pesa cerca de 3,5 quilos.

Em 2º lugar, o levíssimo CHIHUAHUA, (na foto) que tem de 0,5 a 2 quilos.

Em 3º lugar, pesando entre 3 e 6 quilos, não mais, o JACK RUSSEL TERRIER

Em 4º lugar, com até 50 quilos, o AKITA

Em 5º lugar, pesando de 18 a 30 quilos, outro grandalhão para contradizer o início desta reportagem, o PASTOR AUSTRALIANO

Em 6º lugar, pesando de 14 a 27 quilos, o famoso (e, ok, também grande) PIT BULL

E os mais dóceis são
Em 1º lugar, o gigante BERNESE, que alcança até 60 quilos

O 2º lugar vai para o GOLDEN RETRIEVER, uma doçura peluda que chega a pesar 34 quilos.

Em 3º lugar está o LABRADOR, que também pesa mais de 30 quilos.

O 4º colocado é o SÃO-BERNARDO, com seus mais de 60 quilos de pura simpatia.

Em 5º lugar, está o BRITANNY SPANIEL, com 15, 20 quilos.

E, finalmente, na 6ª posição está o GREYHOUND, que pode alcançar até 36 quilos.

10 de outubro de 2008

O que é o risco país?

A expressão "risco país" entrou para a linguagem cotidiana do noticiário econômico, principalmente em países que vivem em clima de instabilidade, como o Brasil e a Argentina. O "risco país" é um indicador que tenta determinar o grau de instabilidade econômica de cada país. Desta forma, se tornou decisivo para o futuro imediato dos países emergentes. A seguir, estão enumerados alguns pontos básicos que facilitam o entendimento desse conceito, que vem tendo cada vez mais destaque.

O que é exatamente o risco país?

O risco país é um índice denominado Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+) e mede o grau de "perigo" que um país representa para o investidor estrangeiro.

Este indicador se concentra nos países emergentes. Na América Latina, os índices mais significativos são aqueles relativos às três maiores economias da região: Brasil, México e Argentina.

Dados comparativos de outros países - como Rússia, Bulgária, Marrocos, Nigéria, Filipinas, Polônia, África do Sul, Malásia e outros - também são considerados no cálculo dos índices.

Quem é responsável pelo cálculo do índice?

O risco país é calculado por agências de classificação de risco e bancos de investimentos. O banco de investimentos americano J. P. Morgan, que possui filiais em diversos países latino-americanos, foi o primeiro a fazer essa classificação e é o disponibilizado pelo Portal Brasil em sua seção de índices financeiros.

Que variáveis econômicas e financeiras são consideradas no cálculo do índice?

O J. P. Morgan analisa o rendimento dos instrumentos da dívida de um determinado país, principalmente o valor (taxa de juros) com o qual o país pretende remunerar os aplicadores em bônus, representativos da dívida pública.

Tecnicamente falando, o risco país é a sobretaxa de se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do Tesouro dos Estados Unidos, país considerado o mais solvente do mundo, ou seja, o de menor risco para um aplicador não receber o dinheiro investido acrescido dos juros prometidos.

Como se determina essa sobretaxa?

Entre outros, são avaliados, principalmente, aspectos como o nível do déficit fiscal, as turbulências políticas, o crescimento da economia e a relação entre arrecadação e a dívida de um país.

Como se expressa o risco país?

Em pontos básicos. Sua conversão é simples: 100 unidades equivalem a uma sobretaxa de 1%.

Concretamente, o que significa este índice para os investidores?

É um orientador. O risco país indica ao investidor que o preço de se arriscar a fazer negócios em um determinado país é mais ou menos elevado.

Quanto maior for o risco, menor será a capacidade do país de atrair investimentos estrangeiros. Para tornar o investimento atraente, o país tem que elevar as taxas de juros que remuneram os títulos representativos da dívida.

E quais os efeitos para a economia ter o país classificado como "risco perigoso"?

As principais conseqüências são um retração do fluxo de investimentos estrangeiros e um menor crescimento econômico, o que acaba acarretando um aumento do desemprego e salários menores para a população.

Glossário de Economia

Eu preparei para você um glossário bastante amplo com as palavras técnicas e os "jargões" utilizados na economia de uma forma geral. Os verbetes encontram-se em ordem alfabética, para facilitar a sua busca.

Ações - Títulos que indicam a participação do possuidor na propriedade de uma determinada companhia e lhe dão direito a parte dos lucros. O tipo e o número de ações adquiridas definem a extensão da participação na propriedade.Quando uma empresa precisa de recursos, procura uma corretora de valores credenciada na bolsa, que divide o capital da empresa em frações. Quando uma empresa passa por esse processo, está abrindo seu capital e ganha a denominação legal de sociedade anônima. Em relação aos direitos que conferem, as ações se dividem em dois tipos: ordinárias e preferenciais. As ordinárias dão direito a voto nas decisões administrativas importantes, como eleição de diretoria. Mas representam risco maior. De fato, esses acionistas só recebem os dividendos depois dos portadores de ações preferenciais. Estes têm prioridade na distribuição de lucros. Em compensação, não têm direito a voto nas assembléias de acionistas. O poder de um acionista de influir na administração ou de receber dividendos, ou as duas coisas, está relacionado à soma de dinheiro investida na empresa e, portanto, ao número e tipo de ações que possui.

Acionista - É o proprietário de ações de uma empresa. Há dois tipos de acionistas: o majoritário e o minoritário. O majoritário é aquele que possui pelo menos metade das ações de uma companhia e mais uma ação. É quem detém o controle da companhia. O minoritário possui cotas pequenas de ações sem direito a voto.

Ações de segunda linha - Papéis que não despertam muito interesse nos investidores, porque são considerados investimentos mais arriscados. Em geral, são ações baratas e o retorno pode ser um lucro vantajoso ou um prejuízo monumental.

Ágio - Diferença entre o que vale e o que se paga por determinado bem ou produto. Se essa diferença for positiva existe ágio, se for negativa, deságio.

Alavancagem - Relação entre o capital de uma empresa e a quantia que ela toma emprestado no mercado. Quanto mais alavancada, mais endividada está a empresa e, portanto, há mais risco de ter problemas financeiros.

American Depositary Receipts (ADR) - Certificados que representam ações de companhias sediadas fora dos Estados Unidos. São emitidos por bancos norte-americanos. Várias empresas brasileiras usam as ADRs como mecanismo para captar recursos no exterior fugindo das altas taxas de juros dos empréstimos em seu próprio país.

Amortização - Redução gradual de uma dívida por meio de pagamentos periódicos combinados entre o credor e o devedor. Empréstimos bancários e hipotecas são, em geral, pagos dessa forma.

Âncora Cambial - Recurso utilizado pelo governo para brecar a cotação de uma moeda em relação ao dólar, por exemplo. Isso acontece ao se fixar o valor da moeda na taxa cambial. Este foi o instrumento utilizado pela equipe econômica brasileira até 1999, quando US$ 1 passou a valer R$ 1,21, taxa definida para a conversão. O objetivo era segurar a inflação.

Arbitragem - Operação em que se compram mercadorias numa praça (especialmente commodities e moedas estrangeiras) para vender em outra por um preço mais alto. Onde há aumento de demanda por mercadorias ou moedas o preço tende a subir, ocorrendo o inverso nos locais onde o preço é mais elevado. Há, então, um equilíbrio forçado no mercado.

Ataque Especulativo - Venda ostensiva de moedas feita por investidores que pretendem forçar o governo a promover uma desvalorização. Foi o que aconteceu no Brasil no início de 1999, quando o governo adotou o câmbio livre.

Ativos - Bens, créditos ou valores que formam o patrimônio de uma empresa. Os três principais tipos de ativos são: o circulante, o fixo e o financeiro. O ativo circulante é o dinheiro que a companhia tem em caixa, ou qualquer outra coisa que possa ser transformada em dinheiro vivo imediatamente. O ativo fixo é tudo o que a empresa não tem intenção de vender no curto prazo, como prédios, móveis, máquinas e equipamentos. Ativo financeiro são as aplicações feitas no mercado financeiro. Aí entram títulos de renda fixa públicos e privados, caderneta de poupança, ações, ouro, moedas estrangeiras, entre outros.

B2B - "Business to Business". O comércio de B2B é o comércio eletrônico feito diretamente entre empresas, via Internet, com redução de custos e conseqüente maior margem nas vendas e menor custo nas compras.

B2C - "Business to Consumers". O chamado B2C é o comércio eletrônico efetuado diretamente entre a empresa produtora e o consumidor final. Em geral o consumidor adquire os produtos a preço mais competitivo pois evita o "atravessador".

Balança Comercial - Resultado das exportações e importações realizadas por um País. Quando as exportações são maiores que as importações registra-se um superávit na balança. O contrário significa déficit.

Balanço - Informações econômico-financeiras que uma empresa apresenta ao mercado com determinada periodicidade. Entram nesta lista bens, créditos, dívidas e compromissos da companhia. Quem negocia ações na Bolsa de Valores é obrigado a publicar o balanço para que sirva de referência a investidores na hora de decidir comprar papéis daquela empresa.

Balanço de pagamentos - Consiste no registro de todas as transações realizadas entre os residentes de um país e os residentes de outros países durante determinado período de tempo (usualmente, um ano). O Balanço de pagamentos pode ser preliminarmente dividido em duas grandes contas: Transações Correntes (que inclui a Balança Comercial e o Balanço de Serviços) e a conta de Capital.

Banco Central (BC ou Bacen) - Autoridade monetária do País responsável pela execução da política financeira do governo. Cuida ainda da emissão de moedas, fiscaliza e controla a atividade de todos os bancos no País.

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - Órgão internacional que visa ajudar países subdesenvolvidos e em desenvolvimento na América Latina. A organização foi criada em 1959 e está sediada em Washington, nos Estados Unidos.

Banco Mundial - Nome pelo qual o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) é conhecido. Órgão internacional ligado a ONU, a instituição foi criada para ajudar países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - Empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que tem como objetivo financiar empreendimentos para o desenvolvimento do Brasil.

Base Monetária - É o total de moeda do País. Inclui, além das cédulas e moedas em circulação, os depósitos a vista e a prazo, títulos, poupança, entre outros.

Benchmark - Do inglês, ponto de referência ou termo de comparação. É o indicador usado para comparar a rentabilidade entre investimentos, produtos, serviços e taxas. Um exemplo: as taxas de juro dos títulos de 90 dias do Tesouro americano servem como benchmark para todas as taxas de juro dos EUA.

Bens - Tudo aquilo que tem utilidade, com ou sem valor econômico. O ar, por exemplo, é um bem livre, mas o minério de ferro é um bem econômico, porque é escasso e depende do trabalho humano para ser obtido. Os bens econômicos se dividem em cinco grupos principais. São eles: bens de capital ou de produção (máquinas e equipamentos); bens de consumo (brinquedos, um par de sapatos – aqueles que podem ser comprados pelas pessoas depois de um processo de produção ou industrialização); bens de consumo durável (máquina de lavar roupa, imóvel – que só são trocados após períodos longos de uso); bens de consumo semi-durável (carro, roupa – os que precisam ser trocados periodicamente); bens de consumo não-durável (alimentos).

Blue-chips - São as ações de primeira linha, papéis de empresas que têm facilidade de negociá-los e que, por isso, são consideradas as mais seguras do mercado.

Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) - Sediada em São Paulo, ela realiza dois tipos de negócios: a vista ou futuro. Quem paga a vista movimenta um mercado em que são fechados contratos de compra e venda de commodities, principalmente mercadorias agropecuárias (gado, café, açúcar, feijão e soja) e o ouro. Nas negociações futuras entram os contratos de dólar, boi gordo, o índice Bovespa, juros, e a maioria das commodities. Quem recorre a esses mercados geralmente tem um objetivo: proteger-se de flutuações nos preços dos produtos ou mercadorias.

Bolsa de Valores - Local onde se negociam títulos emitidos por empresas privadas ou estatais. O título dá ao portador o direito de propriedade sobre uma quantia em dinheiro, pela qual responde o emissor do documento. Tais operações servem para as empresas captarem recursos dos quais não dispõem.

As bolsas de valores têm origem nas feiras de mercadorias da Antiguidade. Na forma atual surgem em 1487, quando é criada em Bruges, na Bélgica, a primeira bolsa. Elas facilitam o desenvolvimento econômico da época, sobretudo por permitir a mobilização de grandes somas de capitais, essenciais para o financiamento das expedições colonizadoras.

As bolsas de valores funcionam como uma associação, um clube, cujos sócios são as corretoras de valores. Elas representam os interesses das empresas e negociam em nome delas. As bolsas negociam ações e debêntures.

É onde as transações acontecem. Só participam dele operadores de corretoras credenciadas que negociam verbalmente os contratos. A oferta e a procura determinam o preço pelo qual um título é negociado. Assim que se fecha um contrato, os operadores registram a transação em terminais. A informação vai para um telão que indica a posição dos títulos. Existem dois tipos de contrato: à vista e a termo. No primeiro caso, o comprador tem de pagar em três dias. No contrato a termo, paga em parcelas mensais em até 180 dias.

Dentro do pregão, as ações são classificadas da seguinte maneira: as ações mais negociadas e com maior valor são chamadas de bluechips ou de primeira linha. As ações de grandes empresas ou instituições financeiras são as de segunda linha nobre. As de segunda linha dizem respeito às empresas de médio e grande porte. E as de terceira linha correspondem a ações de empresas de pequeno porte. São negociadas somente a longo prazo, o que lhes confere pouca liquidez.

No final do pregão apura-se um índice que representa o volume de negócios e a tendência geral do mercado - de queda ou valorização. Esse índice é calculado com base no comportamento das principais ações negociadas na bolsa, geralmente bluechips. Para cada ação é conferido um peso, determinado pelo volume de negócios daquele título. A comparação das transações naquele dia com o peso (revisto em períodos regulares) dá um determinado número de pontos. Comparados aos do dia anterior, resultam numa variação porcentual que traduz o comportamento da bolsa. No Brasil há duas bolsas de valores importantes: em São Paulo (BOVESPA) e no Rio de Janeiro. Nelas, a maior parte dos negócios se concentra em poucas ações, aspecto típico de mercados emergentes.

Bônus - Gratificação dada aos funcionários de uma empresa após um determinado período (normalmente um ano) que costuma ser proporcional aos resultados obtidos pela empresa naquele período. O termo vale ainda para ações distribuídas gratuitamente aos sócios quando a empresa aumenta seu capital. Também se refere aos títulos da dívida pública emitidos em série ao portador e com vencimento em data predeterminada, usados pelo governo adiantar receitas e pagar débitos fiscais.

Brazilian Depositary Recepts (BDR) - Títulos emitidos por bancos nacionais de empresas estrangeiras interessadas em fazer negócios ou captar investimentos no País.

Break Even Point - Ponto de equilíbrio, em português. É o empate entre despesas e receitas de uma empresa. Receita maior que a despesa significa que a companhia tem lucro. Abaixo, é prejuízo. O termo também se aplica a cotações de ações e outros ativos. Com cotações superiores ao break even point o investidor ganha; com valores inferiores, perde.

Cade - Órgão do governo criado em 1965 com a finalidade de defender a livre concorrência, encarregando-se de prevenir e repreender abusos de poder econômico como, por exemplo, a formação de cartéis.

Caderneta de poupança - Contas bancárias especiais, criadas a partir de 1966, cujos depósitos recebem correção monetária e juros definidos em 6% ao ano.

Caixa 2 - Expressão que define o dinheiro não registrado que entra em uma empresa e que, por isso, pode ser utilizado sem que sobre ele incidam impostos. Esta prática é enquadrada judicialmente como crime por sonegação de impostos.

Câmbio - Operação financeira de venda, troca ou compra de valores em moedas de outros países. É um elemento do sistema monetário internacional, regulamentado durante a Conferência de Bretton Woods (New Hampshire, EUA, 1944), com o objetivo de facilitar as transações entre países. A partir desta Conferência, todas as moedas passam a ter o dólar americano como padrão em substituição ao ouro. Até 1976, o valor das moedas, baseado nas reservas de dólar, varia no máximo 2,25%. Com os Acordos da Jamaica (1976), a comunidade internacional abandona este sistema e legaliza as taxas de câmbio (preço de uma moeda em relação a outra) flutuantes.Taxa de câmbio é a medida pela qual a moeda de um país pode ser convertida em moeda de outro país de modo a viabilizar transações comerciais ou financeiras. Em geral, usa-se como referência cotar uma moeda em relação ao dólar norte-americano, porém também são utilizados o marco alemão (especialmente na Europa) e o iene - japonês (na Ásia). Variações na taxa de câmbio - A taxa de câmbio de um país, como qualquer preço da economia, varia em função da oferta e da procura.

Câmbio flutuante - É o sistema em que as operações de compra e venda de moedas funcionam sem controle sistemático do governo. Neste caso, o valor das moedas estrangeiras flutua de acordo com o interesse e com a oferta e a procura no mercado.

Capital - É o dinheiro investido em atividades em que existe possibilidade de perdas. Normalmente estes investimentos são feitos por empresas ou instituições privadas. As empresas de capital aberto são aquelas sociedades anônimas autorizadas a vender ações nas bolsas de valores.

Capitalização - Aumento do patrimônio de uma empresa com a injeção de dinheiro novo. Há basicamente duas formas disso acontecer: pela emissão de ações ou títulos (que são vendidos, e o dinheiro resultante é incorporado ao capital da empresa) ou pela venda de parte da companhia a um novo sócio.

Carteira - Valor que uma pessoa física ou jurídica possui em um tipo de investimento. Quem aplica em Bolsa, por exemplo, tem uma carteira de ações.

Cartel - O termo é usado normalmente para definir grupos empresariais que se unem para controlar a oferta de determinado produto e obter preços mais altos. Para fazer isso, esses grupos impedem que novas empresas atuem no setor. Quando isso acontece, eles passam a praticar preços artificialmente baixos, até que o novo concorrente não consiga mais vender seus produtos e acabe quebrando.

Casa da Moeda - Instituição que fabrica moedas e imprime cédulas no Brasil sob determinação do Banco Central. Ela detém ainda o monopólio sobre a impressão de passaportes e selos postais.

CDB (Certificado de Depósito Bancário) - Documento que comprova que seu proprietário tem um depósito bancário na instituição financeira emissora. Pode ser comprado e vendido e rende juros.

CDI - Taxa média dos empréstimos feitos entre os bancos. Esses empréstimos são registrados por uma instituição chamada Cetip (Central de Custódia e Liquidação de Títulos Privados).

CEO - Iniciais da expressão em inglês chief executive officer, que significa o diretor-presidente de uma companhia ou seu diretor-executivo mais importante e com maiores poderes.

Cesta de moedas - Recurso usado como índice de variação de ativos financeiros para evitar variações bruscas de uma única moeda. Na prática, estabelece-se um conjunto de moedas de diferentes países (geralmente desenvolvidos) que entram na cesta. Determina-se então uma média ponderada para cada uma delas e o resultado é uma espécie de moeda internacional que corresponde aos direitos de saque no FMI. A medida foi adotada pela primeira vez em 1971, com a desvalorização do dólar americano e está sendo implantada pela Argentina.

Circuit-Break - Artifício de segurança acionado nas bolsas de valores para interromper o pregão. Na Bovespa isso acontece quando o índice Bovespa (ibovespa) cai em 10%. Soa-se então uma sirene que pára as negociações durante meia hora. O sistema volta a funcionar se a queda persistir e chegar a 15%.

City - A City é uma região, no centro de Londres, que concentra as principais instituições financeiras do país e onde se situa também o banco central inglês (o Bank of England).

CMN (Conselho Monetário Nacional) - Formado por órgãos públicos e entidades privadas, ele atua como uma espécie de fiscal da política econômica. Faz parte de suas atribuições corrigir surtos de inflação ou deflação, fixar normas para a política cambial, coordenar as políticas de crédito, monetária, fiscal, orçamentária e a dívida pública (interna e externa). Também fixa normas da política cambial, aprova orçamentos monetários, limita as taxas de juros e disciplina o crédito.

Cofins - Taxa cobrada pelo governo federal equivalente a 3% da receita bruta mensal das empresas. Os recursos são destinados à Previdência Social.

Comissão Nacional de Bolsas de Valores (CNBV) - Entidade civil brasileira que reúne todas as Bolsas de Valores do País.

Commodity - Termo usado em transações comerciais internacionais para designar um tipo de mercadoria em estado bruto ou com um grau muito pequeno de industrialização. As principais commodities são produtos agrícolas (como café, soja e açúcar) ou minérios (cobre, aço e ouro, entre outros).

Concordata - Recurso jurídico que permite a uma empresa incapaz de quitar seus débitos em prazos pré-determinados continuar em funcionamento.

Contas públicas - Total de receitas e gastos de todas as esferas do poder. Entram nesta conta o Produto Interno Bruto (PIB), a renda nacional, o consumo, os gastos do governo, os impostos recebidos pelo Tesouro, as transações com o exterior e o capital consolidado. Os valores são apresentados em termos correntes e também corrigidos pela inflação acumulada no período do cálculo.

Conversibilidade - É a possibilidade de converter a moeda de um país por outra, estrangeira. É o que acontece na Argentina, onde a conversibilidade é lei: qualquer pessoa pode trocar um peso, a moeda local, por um dólar. No Brasil isso não acontece.

Copom - Conselho ligado ao Banco Central que se reúne duas vezes por mês para definir a taxa de juros básica da economia — aquela que remunera os títulos do governo, e que serve de referência para os bancos fixarem as suas taxas de juros. Inspirado no modelo americano, o Copom foi criado em 1996, com o objetivo de proporcionar maior transparência ao processo decisório.

Core inflation - Em inglês significa núcleo da inflação. É um índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas com base no IPC-DI, um dos índices que mostram a evolução dos preços ao consumidor. O “core inflation” é considerado um índice puro porque desconta dos preços de alguns produtos a sazonalidade. Alguns produtos, como alimentos e vestuário, sobem ou não dependendo da época do ano. Esta variação de preço não é considerada no core inflation. Neste índice só entram variações de preços determinadas pela lei de oferta e procura. Por isso o índice é considerado puro pelos economistas.

Correção monetária - É o reajuste periódico de certos preços na economia pelo valor da inflação passada, com o objetivo de compensar a perda do poder aquisitivo da moeda.

Corretagem - É o ato de intermediar uma transação entre comprador e vendedor de títulos, ações, imóveis e outras mercadorias

Cota - Fração com que cada sócio participa do capital de determinada empresa de responsabilidade limitada.

Cotação - Preço de cada um dos títulos, ações, moedas estrangeiras ou mercadorias negociadas na Bolsa da Valores ou na Bolsa de Mercados e Futuros.

CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) - Imposto cobrado pelo governo federal e que incide sobre movimentações financeiras de pessoas ou empresas. O percentual é de 0,38% sobre todos os saques feitos em conta corrente. É por isso que ele foi apelidado de imposto do cheque.

Crédito Internacional - Transações financeiras entre bancos, empresas e governos de países diferentes, pelas quais uma parte empresta dinheiro mediante compromisso de restituição. A origem dos recursos pode ser um governo, organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, e bancos ou instituições privadas.

Currency Board - Método de administração monetária em que um país só pode emitir moeda quando possui reservas em igual valor de moeda estrangeira. É um sistema que parte da idéia da conversibilidade — ou seja, da possibilidade de trocar moeda nacional por dólar ou outra moeda forte.

Custo Brasil - Nome genérico dado à série de custos ou despesas que incidem sobre a produção, tornando difícil ou desvantajoso para o exportador colocar seus produtos no mercado internacional ou competir com importados no Brasil. Entram nesta lista custos que vão desde os encargos sociais e o excesso de impostos cobrados sobre os produtos até a falta de estradas para transportar as mercadorias, por exemplo.

CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Criada em 1976 para, juntamente com o Conselho Monetário Nacional, estabelecer as normas e diretrizes de funcionamento do mercado de valores, tem, sob sua jurisdição as Bolsas de Valores e sociedades corretoras, os bancos de investimento, as sociedades distribuidoras , as companhias abertas, agentes autônomos de investimento e as carteiras de depósito de valores mobiliários, fundos e sociedades de investimento, auditores independentes, consultores e analistas mobiliários.

Day-trade - Operação em que uma corretora compra e venda determinado ativo (ouro, por exemplo) em mesma quantidade e no mesmo dia. O objetivo é obter ganhos, já que não há alteração na posição de investimento da corretora.

Dealer - Instituições financeiras autorizadas pelo BC a participar de leilões informais de câmbio e títulos públicos. São escolhidos entre os bancos mais ativos no mercado e têm a responsabilidade de informar os demais bancos sobre o leilão, sob pena de descredenciamento.

Debêntures - A debênture é um título emitido para obtenção de empréstimos a longo prazo. Ao contrário das ações, representa uma dívida da empresa, garantida pela hipoteca de seu patrimônio. É utilizada por companhias que auferem lucros regularmente e possuem patrimônio sólido.

Default - Termo de origem francesa que significa calote de uma dívida.

Déficit - Resultado de uma conta em que as despesas são sempre maiores que as receitas. Ou seja, sai mais dinheiro que entra. Quando há esse desequilíbrio nas contas públicas, dizemos que há um déficit público. Esse, pode ser déficit (público) primário – que não inclui gastos com juros das dívidas interna e externa – ou nominal – que leva em conta as despesas com juros das duas dívidas.

Deflação - É o oposto de inflação, a queda no índice de preços. Mas nem sempre isso é bom. Com deflações sucessivas, um país mergulha em recessão porque há queda no consumo. As empresas, então, baixam seus preços para tentar reverter a situação. Se isso não ocorre, pode haver demissões e redução nos investimentos.

Demanda - Nome dado às necessidades ou desejo de consumo, individual ou coletivo, de bens e serviços. A relação entre oferta e demanda é um dos fatores determinantes de preços no mercado. Se a oferta for maior que a demanda, por exemplo, o preço tende a cair. Já, se a oferta não der conta da demanda, o preço tende a aumentar.

Derivativos - Operações feitas no mercado financeiro em que o valor das transações deriva do comportamento futuro de outros mercados, como o de ações ou de juros, por exemplo. Há portanto, um alto risco nessas aplicações, uma vez que o grau de incerteza que envolve essas previsões é sempre muito alto. Mas também os ganhos podem ser exorbitantes. Há três tipos de derivativos: futuros – que servem para proteger o investidor das flutuações nos preços normais – mercadorias negociadas pelo seu preço de entrega no futuro (dias, meses, anos). Opções – muito usada no mercado de commodities e mercado futuro de ações – contratos que reservam ao seu possuidor o direito de comprar ou vender mercadorias ou título em uma data futura e a um preço pré-determinado. Swaps – do inglês, troca, permuta – contrato que permite trocar em uma data futura pré-determinada, um investimento por outro. Dessa forma, é possível fazer um swap de ações por opções, por exemplo.

Desemprego - Situação em que pessoas pertencentes a população economicamente ativa e que se encontram sem emprego formal, com registro em carteira.

Dívida externa - Dívida externa é a somatória dos débitos de um país, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos no exterior pelo próprio governo, por empresas estatais ou privadas. Esses recursos podem ser provenientes de governos, entidades financeiras internacionais (FMI, Banco Mundial, etc.), bancos ou empresas privadas.

Dívida interna - Total de débitos assumidos pelo governo junto às pessoas físicas e jurídicas residentes no país. Quando as despesas do governo superam a receita, há necessidade de dinheiro para cobrir o déficit. Para enfrentar essa situação, o governo tem três opções: emissão de papel-moeda, aumento da tributação e lançamento de títulos.

Dividendo - Valor pago, quase sempre em dinheiro, aos acionistas de uma empresa, quando reparte parte dos seus lucros. Isso acontece, em geral, uma vez por ano.

Dolarização - Substituição total das moedas de um país pelo dólar americano. Foi o que fez o Equador em fevereiro de 2000, e a Guatemala, no início de maio de 2001.

Dow Jones - Índice que mostra a variação das 30 ações mais negociadas na Bolsa de Nova York.

Dumping - Venda de produtos a preços inferiores ao valor gasto para produzi-los, com a finalidade de eliminar os concorrentes do mercado.

E-Card - Cartão virtual utilizado apenas para compras feitas pela Internet.

Economia clássica - A ciência econômica é consolidada com a escola clássica. O marco fundamental é a obra Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações (1776), do escocês Adam Smith (1723-1790). Após a morte de Smith, três nomes aperfeiçoam e ampliam suas idéias: o francês Jean-Baptiste Say (1767-1832) e os ingleses Thomas Malthus (1766-1834) e David Ricardo (1772-1823).

O pensamento clássico se desenvolve na segunda metade do século XVIII e no século XIX. Desse modo centra suas reflexões nas transformações do processo produtivo, trazidas pela Revolução Industrial. Adam Smith afirma que não é a prata ou o ouro que determina a prosperidade de uma nação, mas sim o trabalho humano. Em conseqüência, qualquer mudança que aprimore as forças produtivas enriquece uma nação. A principal delas - além da mecanização - é a divisão social do trabalho, amplamente estudada por ele. A escola também aborda as causas das crises econômicas, as implicações do crescimento populacional e a acumulação de capital.

Os clássicos defendem o liberalismo e elaboram o conceito de racionalidade econômica, no qual o indivíduo deve satisfazer suas necessidades sem se preocupar com o bem-estar coletivo. Essa busca egoísta e competitiva, no entanto, estaria na origem de todo o bem público porque qualquer intervenção nessas leis naturais do comportamento humano bloquearia o desenvolvimento das forças produtivas. Usando a metáfora econômica de Smith, os homens, conduzidos por uma "mão invisível", acabam promovendo um fim que não era intencional.

Economia Neoclássica - A escola surge no fim do século XIX com o austríaco Carl Menger (1840-1921), o inglês William Stanley Jevons (1835-1882) e o francês Léon Walras (1834-1910). Posteriormente se destacam o inglês Alfred Marshall (1842-1924), o austríaco Knut Wicksell (1851-1926), o italiano Vilfredo Pareto (1848-1923) e o norte-americano Irving Fisher (1867-1947).

Os neoclássicos negam a teoria clássica do valor-trabalho. Amparados pelas idéias do filósofo inglês Jeremy Bentham (1748-1832), criador do utilitarismo, eles afirmam que o valor de um produto é uma grandeza subjetiva: relaciona-se com a utilidade que ele tem para cada um. Essa utilidade, por sua vez, depende da quantidade do bem de que o indivíduo dispõe. Nos desertos, por exemplo, a água é um produto valioso, ao passo que em regiões chuvosas o valor cai consideravelmente. Dessa maneira, o preço das mercadorias e dos serviços passa a ser definido pelo equilíbrio entre a oferta e a procura. Essa lei do mercado, para os neoclássicos, conduz à estabilidade econômica.

Equity - É o capital livre de uma empresa ou de uma pessoa, ou seja, seu patrimônio líquido.

Escola Keynesiana - Conjunto de teorias que derivam das idéias do inglês John Maynard Keynes (1883-1946). A obra Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936) revoluciona o pensamento econômico da época, então dominado pelos neoclássicos. A enorme repercussão do seu trabalho também se deve ao momento histórico de seu lançamento: a grande depressão econômica dos anos 30.

Keynes contesta as hipóteses neoclássicas de que as forças do mercado conduzem ao equilíbrio econômico. Mostra que é possível, em uma economia de mercado, a permanência de longas crises, marcadas pela recessão e pelo desemprego. Segundo o autor, elas ocorrem quando o investimento na economia é relativamente reduzido, não sendo suficiente para garantir o pleno emprego da força de trabalho existente. Para superá-las, recomenda o aumento do gasto público, com o objetivo de suprir a deficiência de demanda do setor privado. As obras estatais, por exemplo, criam novos postos de trabalho, diminuindo o desemprego.

Especulação - Operação financeira feita no mercado com o objetivo de obter ganho rápido. Um especulador, em geral, compra títulos ou commodities que estão com o preço em baixa para vende-los em alta. Mas como é difícil prever o comportamento do mercado, pode-se ganhar fortunas ou registrar perdas estrondosas.

Exportação - Vendas de bens e serviços de um país em outro. É uma importante ferramenta de política econômica porque com as exportações superando as importações há saldo na balança comercial. Ou seja: dólares em caixa.

Factoring - Atividade em que empresas especializadas compram títulos (duplicatas, promissórias e até cheques pré-datados) com desconto. Pagam esses títulos a vista, o que gera, nas empresas que detinham esses documentos, dinheiro em caixa.

Falência - Sentença judicial decretada pela falta de pagamento aos credores. Pode ser voluntária ou involuntária, como resultado de ações dos credores da empresa.

Faturamento - Valor total recebido com a venda de produtos ou serviços de uma empresa. Entram ainda nesta conta os ganhos obtidos com aplicações financeiras ou venda de ativos. É diferente de receita

Federal Reserve Bank (Fed) - É o Banco Central americano.

Fisiocracia - No século XVIII, o francês François Quesnay (1694-1774) funda a escola fisiocrata, que contesta o pensamento mercantilista. Outro representante é o francês Anne Robert Jacques Turgot (1727-1781), autor de Reflexões sobre a Formação e a Distribuição da Riqueza (1766).

Os fisiocratas defendem as sociedades agrícolas porque, para eles, a terra é a única fonte de riqueza de uma nação. A indústria e o comércio são necessários, porém produtivos por se limitar a transformar uma coisa em outra ou a transferir de lugar mercadorias preexistentes. O estudo Quadro Econômico (1756), de Quesnay, é a primeira análise do equilíbrio global da economia. Nele, o autor demonstra como a renda gerada na agricultura é redistribuída na comunidade. Ao contrário dos mercantilistas, os fisiocratas rejeitam a interferência do governo nas atividades que seguem leis naturais da economia - oferta e procura. A expressão laissez-faire, laissez-passer (deixar fazer, deixar passar), que se converte na máxima do liberalismo, nasce com os fisiocratas.

Fluxo de Caixa - Movimentação do caixa de uma empresa resultante de pagamento ou recebimento de dinheiro.

Franchising - Método de comercialização em que se paga uma quantia em dinheiro durante determinado período pelo uso de uma marca, passando-se a operar de acordo com um padrão estabelecido de funcionamento. É o sistema de venda das lanchonetes McDonald´s, por exemplo. Cada uma das lojas é chamada de franquia.

Franquia - Livre entrada (ou saída) de mercadorias em um país, sem pagamento de impostos ou controle alfandegário.

Fundo de investimento - É uma espécie de condomínio de investidores que funciona da seguinte maneira: o dinheiro é entregue a um profissional que irá administrá-lo. Cabe a ele encontrar os investimentos disponíveis no mercado (ações, títulos, entre outros) que podem oferecer a melhor rentabilidade à bolada que irá aplicar.

Fundo Monetário Internacional (FMI) - Agência especializada das Organizações das Nações Unidas (ONU) criada em 1944 para promover a cooperação financeira entre os países-membros. Cada um deles tem direito à cota de saques durante o ano e existe ainda um esquema paralelo de ajuda a países em dificuldades financeiras.

Globalização - Processo de interdependência econômica mundial que acontece com a abertura do comércio internacional. Significa um avanço do capitalismo, um mecanismo que busca a redução de custos e o aumento da produtividade na fabricação de mercadorias. Há dois ingredientes fundamentais para a consolidação desse fenômeno: a queda de barreiras alfandegárias entre os países e a revolução tecnológica, em particular no campo da informação (computador, telefone, televisor e internet). A combinação desses fatores provoca drásticas mudanças no processo produtivo, liderado por empresas transnacionais, e na forma como são feitos os investimentos mundiais.

Hedge - Em inglês significa resguardar-se, safar-se. No mercado financeiro o termo define a operação de venda de contratos na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) como soja, café, ouro, dólar e até juros. Como é difícil saber o comportamento do preço dos produtos agrícolas no futuro, por exemplo, os produtores costumam fechar contratos com preços pré-definidos. Assim, se lá na frente o preço da saca de café ou soja estiver abaixo daquele acertado na data do fechamento do contrato, garantem um lucro mínimo ao invés de registrarem perdas. Esta lógica é a mesma para negócios feitos com o dólar ou juros ou demais tipos de ativos negociados na BM&F.

Hiperinflação - Diz-se hiperinflação quando os preços aumentam tanto e tão rápido que todos gastam o dinheiro assim que o recebem. Essa velocidade no consumo se dá devido ao temor de que o dinheiro perca seu valor. A partir daí, a confiança da população na estabilidade da moeda é destruída e busca-se investir em moedas estrangeiras, ouro, imóveis. Nos anos 20, a Alemanha chegou a registrar o caso mais famoso de hiperinflação do mundo: 1 trilhão por cento entre agosto de 1922 e novembro de 1923. No Brasil, a hiperinflação registrada foi mais amena, mesmo assim, chegou a bater os 80% em um único mês (março de 1990).

Holding - Empresa que possui a maioria das ações de outras empresas e que as controla por isso. As multinacionais são exemplo, porque costumam controlar suas subsidiárias espalhadas pelo mundo a partir de uma holding.

Home broker - Serviço eletrônico oferecido por algumas corretoras e que permite comprar e vender ações ou fazer outras aplicações pela Internet.

Ibovespa - Índice que mostra a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. É o mais usado porque reflete o resultado do pregão.

IBX - Índice que espelha o comportamento das 100 ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Imposto de Renda (IR) - Tributo cobrado sobre os rendimentos recebidos durante o período de um ano. Criado em 1922, é cobrado de pessoas físicas e jurídicas com taxas proporcionais ao patrimônio e rendimentos.

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - Imposto embutido nos preços de mercadorias e serviços. O percentual varia conforme o produto (ou serviço) e o Estado, que tem autonomia para defini-lo. Para alterá-lo a situação é diferente. É preciso ter a aprovação do Conselho de Política Fazendária (Confaz), um colegiado composto pelos secretários da Fazenda de todos os Estados.

Inadimplência - Situação em que uma pessoa ou empresa deixa de cumprir um contrato, particularmente no que se refere a prazos de pagamentos.

Indexação - Mecanismo de política econômica que atrela rendimentos monetários a índices fixados pelo governo. É uma forma de conter a desvalorização de salários, pensões e alugueis quando há inflação. Com a estabilização do Real, a indexação foi parcialmente eliminada no Brasil.

Índice de Sharpe - Índice que relaciona o risco oferecido por uma aplicação e o prêmio que ela paga ao investidor.

Índices Financeiros - Valores numéricos utilizados para o cálculo de um determinado produto, setor ou da inflação entre um mês e outro e calculados por institutos de pesquisas, fundações especializadas, departamentos sindicais e órgãos governamentais, tomando-se por base determinados produtos ou serviços. Para saber tudo sobre cada índice financeiro brasileiro atualizado, seu histórico e ainda a composição de cada um deles, clique aqui e visite cada seção específica.

Índice Geral de Preços (IGP) - Índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que leva em conta três outros índices: Índice de Preços por Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e pelo Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC).

Inflação - A inflação é usualmente conceituada como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços, que resulta em perda ininterrupta do poder aquisitivo da moeda. Altas esporádicas e localizadas em alguns preços, portanto, não podem ser qualificadas como um processo inflacionário. A inflação é medida por meio de índices calculados por entidades governamentais ou privadas. (Clique aqui para ler sobre os índices financeiros brasileiros e suas respectivas cotações).

Inflation targeting - É um sistema de administração monetária em que o governo define uma meta para o índice de inflação em um determinado período. No Brasil este modelo vigora desde 1999 e definiu a meta de inflação em 6% ao ano, com uma tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja: ela deve ficar entre 4% e 8% ao ano.

INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) - Índice de inflação apurado pelo IBGE em dez regiões metropolitanas do País.

Inside information - Termo em inglês usado no mercado financeiro para definir informações sigilosas sobre empresas e instituições com ações negociadas nas Bolsas de Valores. Quem obtém essas informações privilegiadas pode obter lucros ao manipulá-las. A prática é criminosa e há penas severas previstas em lei.

Investimento estrangeiro - O investimento estrangeiro consiste na aquisição de empresas, equipamentos, instalações, estoques ou interesses financeiros de um país por empresas, governos ou indivíduos de outros países. O investimento de capital estrangeiro pode ser direto ou indireto.O investimento estrangeiro direto é aquele aplicado na participação acionária de empresas já existentes ou na criação de novas empresas.O investimento estrangeiro indireto assume a forma de empréstimos e financiamentos a longo prazo.Os investimentos privados no exterior visam, principalmente, a obtenção de lucro maior ou com facilidades fiscais, a busca de variações de câmbio favoráveis ou por temor de mudanças políticas ou fiscais no país de origem.O investimento governamental é realizado por razões políticas, diplomáticas ou militares, independente de possíveis rendimentos econômicos, mas pode ter a função de equilibrar, a longo prazo, o balanço de pagamentos do país de origem.

IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) - Imposto pago por pessoas físicas e jurídicas quando fazem empréstimos, recebem valores de um seguro e compram ou vendem moeda estrangeira, títulos ou ouro.

IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - Criado em 1966, incide na produção de mercadorias no País. Este imposto é então embutido no preço do produto e pago pelo consumidor na hora da compra. A alíquota é variável. Artigos considerados supérfluos (como cigarros e bebidas) têm imposto mais alto. Para gêneros de primeira necessidade, o IPI é menor. Produtos de exportação estão isentos.

IPO (Inicial Public Offering) - Em português, Oferta Pública Inicial. É a etapa inicial antes de uma empresa vender ações nos Estados Unidos.

Joint Venture - Em inglês esta expressão significa " união de risco". Ela é usada para definir uma associação, ou fusão, de empresas que pretendem ampliar mais sua participação no mercado. Nos últimos anos esta foi a maneira encontrada por companhias estrangeiras que se uniam às nacionais para entrar no mercado brasileiro.

Juros - Juro é a remuneração que o tomador de um empréstimo tem que pagar ao proprietário do capital emprestado. O juro pode ser simples ou composto. O juro é simples quando calculado sobre o montante do capital. É composto quando o juro vencido e não pago é somado ao capital emprestado, formando um montante sobre o qual é calculado o juro seguinte (capitalando) e assim sucessivamente. O juro composto é sempre maior do que o juro simples na medida em que é calculado sobre um montante cada vez maior. Juro nominal é o juro correspondente a um empréstimo ou financiamento, incluindo a correção monetária do montante emprestado. Quando a inflação é zero, inexistindo a correção monetária, o juro nominal é equivalente ao juro real. Juro real é o juro cobrado ou pago sobre empréstimo ou financiamento sem contar a correção monetária do montante emprestado. Os juros flutuantes (ou variáveis), ao contrário dos juros fixos, pagos por todo o período do empréstimo, segundo taxa preestabelecida em contrato, trazem surpresas aos devedores, pois podem elevar-se acentuadamente antes do final do pagamento de um empréstimo, onerando o serviço da dívida.

Lastro - Garantia de que as cédulas e moedas que circulam na praça têm, de fato, valor. Um exemplo: no passado, o lastro das moedas em circulação eram barras de ouro que ficavam depositadas nos cofres do governo.

Market share - Expressão em inglês que significa participação no mercado. É a fatia das vendas de um produto que cada fabricante detém. Um exmeplo: se o mercado brasileiro de biscoitos é de 5 bilhões de unidades vendidas e um dos fabricantes participa com 3 bilhões de unidades, então ele tem um market share de 60% e é líder deste mercado.

Marxismo - Seu principal expoente é o alemão Karl Heinrich Marx (1818-1883), cujas idéias - expostas em Contribuição à Crítica da Economia Política (1857) e em O Capital (1867-1869) - exercem influência em várias áreas das ciências humanas. Também é determinante a colaboração de Friedrich Engels (1820-1895). Com o tempo, o marxismo recebe importantes contribuições, como a de Lênin, que, além de líder e teórico da Revolução Russa, escreve O Imperialismo, Etapa Superior do Capitalismo (1916).

A teoria econômica marxista procura explicar como o modo de produção capitalista propicia a acumulação contínua de capital. A resposta está na confecção das mercadorias. Elas resultam da combinação de meios de produção (ferramentas, máquinas e matéria-prima) e do trabalho humano. No marxismo, a quantidade de trabalho socialmente necessária para produzir uma mercadoria é o que determina seu valor. A ampliação do capital ocorre porque o trabalho produz valores superiores ao dos salários (força de trabalho). A esse diferencial Marx dá o nome de "mais-valia", conceito fundamental de sua teoria por ser considerado a fonte dos lucros e da acumulação capitalista.

Maxidesvalorização - Desvalorização drástica de uma moeda.

Mercado de balcão - É o onde são negociadas ações de empresas que não têm autorização para operar na Bolsa de Valores. As operações de compra e venda são, então, fechadas por telefone ou por um sistema eletrônico de negociação.

Mercado de capitais - Rede formada pelas Bolsas de Valores e instituições financeiras (bancos, corretoras e seguradoras) que negociam papéis (ações e títulos) a longo prazo. Sua função é direcionar recursos para financiamentos ao comércio, indústria e até para o governo. Está, portanto, relacionado ao crescimento econômico do País.

Mercado Financeiro - Setor da economia responsável pela captação de recursos entre investidores para financiar atividades produtivas ou simplesmente gerar lucros para quem empresta dinheiro. Tanto o governo quanto as instituições privadas podem fazer a captação. Mas, em geral, ela acontece nas diversas bolsas de valores, corretoras, bancos e seguradoras. O gerenciamento dessa prática é regulado pelo governo dos países por meio de uma rede de instituições, em que se destaca o banco central. É dele que partem as regras de política monetária, que define a taxa de juros a ser paga a quem empresta dinheiro, e de política cambial, que fixa as regras para estabelecer a cotação da moeda local em relação às demais, em particular o dólar.

Mercado monetário - Conjunto formado por bancos comerciais e empresas financeiras de crédito que também participam do mercado de capitais. A diferença é que operam no curto ou curtíssimo prazo.

Mercantilismo - Conjunto de princípios que orienta os Estados europeus para a expansão comercial ocorrida entre os séculos XV e XVII. Seus expoentes são os ingleses Thomas Mun (1571-1641) e Josiah Child (1630-1699), os franceses Barthélemy de Laffemas (1545-1612), Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) e Antoine de Montchrestien (1575-1621) e, o italiano Antonio Serra.

A riqueza de uma nação, segundo os mercantilistas, provém de suas reservas de metais preciosos, em especial o ouro e a prata - moedas correntes na época. O Estado, portanto, deve acumular reservas pela descoberta de novas jazidas de minério ou pela obtenção de superávit comercial (exportando mais do que importando).

Mercosul - O Mercado Comum do Cone Sul é um acordo comercial assinado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai em 1991. Há ainda dois membros associados: o Chile (desde 1996) e a Bolívia (desde 1997). Ambos negociam a entrada no bloco econômico, que pretende fixar tarifas externas comuns para todos esses países e eliminar barreiras alfandegárias.

Merval - Índice que reflete a variação das ações na Bolsa de Valores de Buenos Aires, na Argentina.

Moeda - Unidade de valor-padrão utilizada como instrumento de troca por uma comunidade. É o meio pelo qual os preços são expressos, as dívidas liquidadas, as mercadorias e os serviços pagos e a poupança efetuada. A moeda corrente é o dinheiro oficial de um país para todos os tipos de transação. Como o controle da moeda é vital não apenas para o equilíbrio da economia de um país mas também para as relações comerciais entre nações, é criado um sistema monetário internacional.

Monopólio - Situação em que uma empresa domina sozinha a produção ou comércio de uma matéria-prima, produto ou serviço e que, por isso, pode estabelecer o preço à vontade.

Moratória - Prorrogação do prazo concedido para pagamento de uma dívida, obtida em acordo entre o devedor e o credor. Nas relações comerciais internacionais, a palavra é usada para definir a declaração unilateral de um país de que ele não pagará sua dívida no prazo determinado.

Nasdaq - Criada nos Estados Unidos, em 1971, a National Association of Security Dealers Automated Quotation System foi a primeira bolsa do mundo a negociar exclusivamente ações de empresas de Internet, informática e tecnologia. Como as operações de compra e venda são feitas por meio de computadores no mercado de balcão, a Nasdaq ficou conhecida como a “bolsa eletrônica”.

Neoliberalismo - A expressão é usada para designar as políticas econômicas com ênfase no livre mercado que vêm sendo adotadas pela maioria dos países. Atualmente, uma das principais expressões do neoliberalismo são as medidas estabelecidas no chamado Consenso de Washington, encontro realizado no início dos anos 90. Elas enfatizam a abertura da economia por meio da liberalização financeira e comercial e da eliminação de barreiras aos investimentos estrangeiros diretos; a estabilização econômica obtida pela disciplina fiscal, pela reforma tributária, pela estabilidade da taxa de câmbio e pelo redirecionamento dos gastos do Estado, dando prioridade à saúde, à educação e à infra-estrutura; e a diminuição da participação do Estado na economia para permitir maior autonomia ao setor privado, ocorrida por meio dos programas de privatização e da desregulamentação, por exemplo, do preço de alguns produtos antes controlados pelo Estado. No neoliberalismo, o papel do Estado restringe-se a disciplinar o mercado com o objetivo de combater os excessos da livre concorrência e, dessa forma, garantir sua sobrevivência.

Nikkey - Índice da Bolsa de Valores de Tóquio, que reflete o preço das 225 ações mais negociadas no mercado japonês.

NTN (Nota do Tesouro Nacional) - Título com juros pós-fixados e valor nominal, emitido pelo governo para o financiamento da dívida do Tesouro.

Nyse (New York Stock Exchange) - É a Bolsa de Valores de Nova York, a maior e mais importante Bolsa de Valores do mundo. Localizada na Wall Street, Nova York, ali são negociados títulos e ações das principais empresas dos Estados Unidos e do mundo. O índice que mostra a evolução desses negócios é o Dow Jones.

Oligopólio - Grupo de empresas que detém o controle de determinado mercado, seja ele o fornecimento de um produto, serviço ou matéria-prima. Alguns economistas acreditam que esta prática é nociva porque, dominando um mercado, essas empresas limitariam custos de produção e ditariam o preço dos produtos para aumentar a margem de lucro. Mas, recentemente, há uma tendência em se defender o contrário. Com a formação de vários conglomerados concorrentes, seria possível garantir preço estável, inibindo a formação de cartéis.

Oligopsônio - Grupo formado de pequenos compradores que têm condições de negociar em condições privilegiadas, definindo o preço vendido por seus fornecedores.

OMC (Organização Mundial do Comércio) - Órgão internacional criado em 1995 para regulamentar o livre comércio entre os seus países-membros. Enquanto isso não acontece, ela trata de administrar tratados bilaterais, estabelecer fóruns de negociação comercial, mediar disputas e monitorar políticas comerciais nacionais.

Orçamento da União - Planejamento anual feito pelo governo federal para calcular as quantias que devem entrar e sair dos cofres públicos. É daí que saem recursos para financiar obras e pagar funcionários, por exemplo. Esta conta é sempre apresentada como projeto ao Congresso Nacional, onde pode ser aprovada na íntegra ou receber emendas (os deputados e senadores podem mudar o destino de verbas ou cortar gastos previstos). Depois de aprovado, segue para sanção do presidente da República e vira lei. O orçamento sempre tem validade para o ano seguinte de sua aprovação.

Overnight - Operações de troca de dinheiro por um dia, para resgate no primeiro dia útil seguinte. No mercado é comum usar a abreviação over para este tipo de operação.

Paraísos fiscais - Pequenos países onde os impostos são muito baixos ou inexistentes, o que atrai multinacionais. Para fugir da alta tributação em seu país de origem, elas acabam instalando suas filiais nesses paraísos. Outro atrativo é a garantia absoluta de sigilo bancário. É por isso que muitas pessoas depositam ali o dinheiro obtido em operações ilegais. São paraísos fiscais: Bahamas, Libéria, Ilhas Cayman, Luxemburgo e Suíça.

Passivos - Conjunto das dívidas e obrigações de uma empresa. É o oposto do ativo.

Patrimônio - Conjunto dos bens de uma pessoa ou empresa administrados de forma a dar lucro ou gerar renda. No caso de uma empresa, o patrimônio é a diferença entre o que a companhia tem (ativo) e suas dívidas (passivo). Se o resultado é positivo, obtém-se o patrimônio líquido. Se for negativo, o passivo líquido.

Penhor - Entrega de bens móveis (jóias, por exemplo) a um credor como garantia de pagamento da dívida. Em casos de o devedor não quitar seus débitos na data prevista, o credor toma posse do bem penhorado. É diferente de penhora.

Penhora - Apreensão judicial de bens de um devedor no valor equivalente ao total de sua dívida. Isso pode acontecer se ele não quitar sua dívida no prazo acertado com o credor.

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) - Produto de previdência privada que serve para complementar a renda de aposentados pelo Instituto Nacional de Securidade Social (INSS). Quem compra um plano desses paga uma mensalidade calculada sobre o valor final do benefício que pretendem receber. Esse dinheiro é aplicado em fundo de investimento e a bolada vai crescendo ao longo dos anos. Em geral, os participantes contribuem durante 30 anos. Quem compra um PGBL consegue abater 12% no imposto de renda anual até começar a receber o benefício. É possível sacar o dinheiro a qualquer momento, mas paga-se imposto de renda na hora do saque (varia entre 15% e 27,5%). Mas, ao contrário, das demais aplicações do mercado financeiro, o governo não cobra imposto sobre os rendimentos dos PGBLs. O que torna esses planos mais atrativos que os demais vendidos pelas seguradoras é o fato de que todos os lucros obtidos nas aplicações financeiras são repassados aos clientes. Apesar disso, não há a garantia mínima de retorno dada pelos planos tradicionais, que repassam 75% dos lucros obtidos mais a correção da inflação. Ou seja, enquanto os planos tradicionais garantem um mínimo mesmo se as aplicações derem prejuízo, no PGBL essa garantia não existe, mas todos os lucros obtidos são repassados ao segurado. Como é praticamente impossível de registrarem prejuízo, os planos PGBL estão chamando a atenção.

PIB - Sigla de "Produto Interno Bruto", principal indicador da atividade econômica. É o valor de todos os bens e serviços produzidos dentro das fronteiras de um país, independentemente da nacionalidade do produtor. Existem dois tipos: o PIB total é expresso em valores do ano analisado; o PIB real é a "tradução" dos resultados para valores atuais, descontando-se a inflação e a variação da taxa de câmbio (uma vez que geralmente é expressa em dólares norte-americanos).

PNB - Sigla de "Produto Nacional Bruto", que é a expressão em valor monetário de todos os bens e serviços produzidos com recursos de um país, empregados dentro ou fora do território nacional, pertencentes a pessoas ou empresas. Ao contrário do PIB, inclui o resultado de empresas no exterior e desconta os investimentos de capital estrangeiro dentro do território nacional. Na prática, a diferença entre PIB e PNB representa o tamanho da renda enviada ao exterior ou recebida dele. Quando o PNB é inferior ao PIB, o país remete mais renda do que recebe. Se a relação for inversa, o país recebe mais renda que envia.

População economicamente ativa (PEA) - Parcela da população disponível para o trabalho assalariado. Não quer dizer, necessariamente, que todas as pessoas nesta situação estejam empregadas, mas que estejam na faixa etária considerada com aptidão para exercer uma função remunerada.

Precatórios - Dívidas do próprio Estado cujo pagamento é determinado pela Justiça. Ou seja: não há mais chances de questioná-las nos tribunais. Se ainda assim não forem pagas, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode decretar intervenção federal no Estado devedor. A lei garante que, para quitar os débitos, é possível emitir títulos correspondentes ao valor da dívida. Entretanto, valendo-se desta lei, alguns Estados emitiram papéis de forma irregular desviando os recursos. As operações, feitas entre 1994 e 1996, ficaram conhecidas como o "escândalo dos precatórios".

Pregão - Sessão em que se efetuam negócios em uma Bolsa de Valores. Funciona da seguinte maneira: os operadores das diversas corretoras anunciam em voz alta quais são as ações que eles querem comprar ou vender, e a que preço. Os negócios são fechados assim, aos gritos na sala do pregão, e formalizados no final do dia.

Previdência privada - Sistema de pensão administrado por instituições financeiras e que tem como finalidade complementar a aposentadoria paga pela previdência pública oficial.

Prime rate - Taxa de juros cobrada por bancos norte-americanos de clientes preferenciais (como grandes corporações) que têm chances remotas de dar um calote.

Privatização - Processo de venda em leilão de uma estatal para uma companhia ou consórcio de empresas do setor privado.

Procon - Instituições de proteção e defesa do consumidor, encarregadas de defender as pessoas contra o abuso econômico.

Rating - Avaliação que expressa principalmente o risco oferecido por fundos de investimento, empresas ou países. Ele é expresso em uma espécie de nota calculada por diversas agências especializadas. O rating serve de referência aos investidores na hora de decidir onde aplicar seus recursos.

Recessão - É uma fase em que a atividade econômica se encontra em contração. Os principais indicadores de que um país está em recessão são queda da produção, aumento do desemprego, diminuição das taxas de lucro e crescimento do número de falências e concordatas.

Renda fixa - São títulos cujo rendimento está previamente definido. Esse rendimento pode ser pré-fixado ou pós-fixado. Entre os investimentos de renda fixa estão os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), cadernetas de poupança e a maioria dos títulos públicos.

Renda per Capita - A renda per capita representa quanto cada habitante receberia se o valor do produto nacional bruto (PNB) de um país fosse distribuído igualmente entre todos sem considerar a concentração de riquezas.A renda per capita, obtida a partir da divisão da renda total de um país pela população, é um indicador usado para medir o grau de desenvolvimento de uma nação.

Rentabilidade - É a taxa que indica o retorno de um investimento. Calcula-se dividindo o lucro obtido pelo valor do investimento inicial.

Reservas - Recursos que um país tem disponíveis para gastar imediatamente, caso tenha urgência. São usadas, principalmente, para cobrir déficits nas contas internacionais, como o pagamento de juros de dívidas, e garantir a estabilidade da moeda, evitando ataques especulativos, por exemplo.

Resgate - Saque em dinheiro dos dividendos pagos por um lote de ações ou fundo de investimento, depois de um período de aplicação. Ao sacar, o investidor está vendendo seus papéis ou suas cotas em um fundo.

Risco - Possibilidade de um investidor ganhar ou perder dinheiro. Para compensá-la, pagam-se juros com o objetivo de oferecer lucros. Quanto maior o risco, maior a rentabilidade. O investidor somente deve aplicar seu dinheiro num investimento quando conseguir entender o nível de risco que está assumindo. No cenário internacional, avalia-se também a chance de um país mudar sua política a ponto de interferir nos pagamentos a credores estrangeiros. Este risco está embutido na taxa de juros cobrada por empréstimos estrangeiros

Royalty (Royalties) - Porcentagem definida sobre as vendas de um produto, marca, patente, processo de produção ou uma obra original pelos direitos de sua exploração comercial.

S&P500 - Índice calculado pela consultoria americana Standard&Poor´s que reflete o desempenho de 500 maiores empresas industriais norte-americanas.

Securitização - Operação que, na prática, significa trocar uma dívida por outra. Muito usada por países com dívidas externas, consiste na emissão de títulos em valor correspondente ao da dívida que está para vencer. Esses papéis são lançados no mercado e quem os compra terá a garantia de receber em longo ou médio prazo seu dinheiro de volta corrigido com uma taxa de juros vantajosa. O dinheiro obtido com esta operação é então usado para quitar a dívida que bate à porta.

Seguridade Social - Conjunto de políticas governamentais de auxílio ou proteção a desempregados, aposentados, inválidos ou pessoas impossibilitadas de gerar renda. Divide-se em dois setores: a previdência e a assistência social. A primeira é voltada para o pagamento de benefícios aos trabalhadores que se aposentam depois de décadas de contribuição. Assiste também os pensionistas, aqueles que, por motivos especiais, recebem ajuda mensal, mesmo sem ter contribuído. A cobertura engloba, em geral, acidentes de trabalho, afastamento por doença, seguro-saúde e seguro-desemprego. A assistência social se estende a toda a população, inclusive a quem não paga impostos, oferecendo auxílio, como a renda para idosos, cuidados com saúde (tratamento médico, hospitalização e compra de medicamentos), e, em determinadas nações, ajuda financeira a pessoas incapazes de garantir a própria subsistência.

Selic - Sigla de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. É um sistema computadorizado do Banco Central onde são registradas todas as operações de débitos e créditos feitas apenas entre bancos e demais instituições financeiras credenciadas. Seu funcionamento é parecido com o sistema de compensação de cheques só que para títulos públicos. É por meio dessas trocas que o governo consegue dinheiro emprestado dos bancos. Pelo Selic, portanto, é possível calcular a média dos juros que o governo paga aos bancos que lhe emprestam dinheiro. Essa média, que é a Taxa Over-Selic, serve de referência para o cálculo de todas as outras taxas de juros do País. Por isso ela é também chamada de taxa de juro básico.

Sociedade anônima - Empresa cujo capital é dividido em ações (negociadas ou não nas Bolsas de Valores). Quem tem o maior número de ações é responsável pela sua administração.

Spread - Taxa cobrada pelas instituições financeiras em empréstimos ou financiamentos internacionais. Ela varia de acordo com o risco da operação. Um exemplo: se um país pede empréstimo e há chances de não honrar seus compromissos, o spread é alto. Quanto maior o risco, maior a taxa.

Subscrição - Preferência garantida aos acionistas de uma empresa na hora de comprar novos papéis da companhia emitidos para aumentar o seu capital. Em geral, o preço das ações é mais baixo.

Taxa de Juros Real - Taxa obtida subtraindo-se o índice de inflação de determinado período da taxa de juros nominal. Ela reflete a correção monetária necessária para compensar a desvalorização da moeda. Um exemplo: se a taxa de inflação é de 9% ao ano e no mesmo período os juros nominais são de 8%, então o resultado é uma taxa de juros real negativa. Isso significa que esta taxa não é suficiente para compensar a desvalorização da moeda.

Teorias econômicas - A ciência econômica visa entender como as sociedades utilizam seus recursos materiais e humanos para produzir e distribuir bens e serviços que atendam às necessidades dos indivíduos. As principais teorias econômicas são mercantilismo, fisiocracia, economia clássica, marxismo, economia neoclássica e escola keynesiana.

Títulos Públicos (ou títulos da dívida pública) - Emitidos pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional, são papéis vendidos no mercado para captar recursos financeiros e financiar a dívida pública federal, estadual e municipal. Em troca, pagam taxas de remuneração.

TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) - É a taxa usada para corrigir empréstimos feitos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por empresas com projetos industriais.

TR (Taxa Referencial de Juros) - É aquela que serve de referência nas transações financeiras realizadas no país. É calculada pelo Banco Central baseado em juros pagos pelos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) das trinta maiores instituições financeiras.

Ufir (Unidade Fiscal de Referência) - É um índice usado para atualização monetária de tributos e multas.

União Européia (UE) - Bloco econômico formado por 15 países europeus. Em sua área de abrangência não existe apenas uma união aduaneira. Os cidadãos desses países têm direito de livre acesso a qualquer país, sem restrições. Existe, inclusive, a moeda única (o euro). Apesar de não ser usado ainda como forma de pagamento, serve de referência para operações do mercado financeiro e contratos comerciais. Fazem parte do bloco os seguintes países: Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Luxemburgo, Dinamarca, Irlanda, Reino Unido, Espanha, Grécia, Portugal, Áustria, Finlândia e Suécia.

Valor - Atributo que confere a qualquer produto a qualidade de bem econômico.

Valor de mercado - Também definido como valor venal, representa o valor com que determinado produto pode ser comercializado, de acordo com a lei de oferta e procura. Por isso, não tem a ver com o valor real de um produto que incorpora, inclusive, os custos de fabricação.

Viés - Termo que designa tendência. No Brasil passou a ser utilizado nas reuniões do Copom (Conselho de Política Monetária). Uma vez por mês o comitê divulga a taxa básica de juros (Selic) e seu respectivo viés, que pode ser de alta ou baixa. Neste caso, o viés indica o que pode acontecer com a taxa no mês seguinte.

Volatilidade - É a intensidade e freqüência de variação de preços de um ativo financeiro ou de índices de uma Bolsa de Valores.

Wall Street - Nome da rua de Nova York onde se concentram a Bolsa de Valores, várias Bolsas de Mercadorias e a sede das mais importantes instituições financeiras dos Estados Unidos.